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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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domingo, 13 de novembro de 2011

Manuscritos revelam segredos da Idade Média

O Globo online (10/11/2011): Manuscritos revelam segredos da Idade Média: Um verdadeiro quebra-cabeças histórico. Pesquisadores da Universidade de Tel Aviv estão, com ajuda de um sofisticado programa de computador, unindo peça por peça de um dos maiores e mais conhecidos arquivos de manuscritos medievais, a chamada Guenizá do Cairo. A coleção de 350 mil fragmentos de textos judaicos encontrada na capital egípcia em 1852 e espalhada 30 anos depois por 75 museus e instituições por todo o mundo, é tida como uma das mais valiosas fontes de documentos originais sobre o Oriente Médio na Idade Média. Até hoje, no entanto, ninguém conseguia ter uma visão geral desse tesouro histórico, que inclui textos religiosos, sociais e comerciais medievais. Há também textos mais recentes, até o século XIX. Para estudar os documentos, estudiosos precisam, no momento, passar por uma via crúcis internacional. Os fragmentos estão espalhados por bibliotecas como as de Cambridge e Nova York (EUA), Manchester (Inglaterra) e Jerusalém (Israel), além de casas de colecionadores particulares. Os pesquisadores trabalham para unir todos os fragmentos virtualmente, num projeto que deve acabar no fim de 2012. (...) Em poucos meses, os pesquisadores israelenses já conseguiram fazer mais de mil “ligações” -- o mesmo número que estudiosos conseguiram fazer à mão nos últimos cem anos. Um dos documentos, um livro escrito pelo proeminente rabino e filósofo do século egípcio Saadia Gaon, foi totalmente restaurado. (...) “Guenizá” significa em hebraico “depósito de livros hebraicos sagrados que não estão mais em uso”. Em geral, existem depósitos assim em sinagogas ou cemitérios, já que é proibido jogar fora livros sagrados usados, que devem ser enterrados como manda a tradição judaica. Muitos, no entanto, acabam não sendo colocados em baixo da terra – sobrevivendo à decomposição. A maior coleção desse tipo foi encontrada na Sinagoga Ben Ezra, em Fustat, hoje na parte velha do Cairo, e no cemitério de Basatin, também na capital do Egito. O que diferencia essa coleção de outras é o fato de que ela contém não só livros de cunho religioso, mas também laicos e comerciais em aramaico, hebraico e árabe. Há listas de mercadores, cartas pessoais, papéis de divórcio, correspondências financeiras, receitas, aulas de ciência e de escrita e outros documentos que dão detalhes da vida econômica e cultural no Mediterrâneo medieval, incluindo regiões que hoje correspondem a Egito, Israel, Palestina, Líbano, Síria, Tunísia, Itália, Espanha, Turquia e Marrocos. Uma parte do projeto já pode ser vista no site da organização que patrocina os estudos. O progresso será revelado em novembro, em Barcelona, na Conferência Internacional de Visão Computacional 2011. >>> Leia mais, clique aqui.

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