Pesquisar este blog

Total de visualizações de página

Perfil

Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

Translate

Seguidores

Mostrando postagens com marcador Oriente Médio. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Oriente Médio. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Extinção de elefante fez surgir homem moderno no Oriente Médio, diz estudo

Estadão (12/12/2011): Extinção de elefante fez surgir homem moderno no Oriente Médio, diz estudo: Arqueólogos da Universidade de Tel Aviv acabam de publicar um estudo que sugere que o Homo Sapiens surgiu na região chamada de Levante, no Oriente Médio, 400 mil anos atrás, em decorrência do desaparecimento dos elefantes, que constituíam a principal fonte de alimentação para o Homo Erectus. Segundo o arqueólogo Ran Barkai, da Universidade de Tel Aviv, foi o desaparecimento dos elefantes da região geográfica do Levante - onde hoje se encontram Síria, Líbano, Jordânia, Israel e os territórios palestinos - que levou à evolução do Homo Erectus ao Homo Sapiens. O Homo Sapiens (homem sábio, em latim), tem um cérebro muito mais desenvolvido do que seu antecessor, o Homo Erectus (homem ereto). >>> Leia mais, clique aqui.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Por que cristãos deixam o Oriente Médio?

Último Segundo (23/02/2010)

  • Nahum Sirotsky: Por que cristãos deixam o Oriente Médio?: Em outubro o Vaticano promoverá um sínodo, um conselho de sacerdotes católicos do Oriente Médio. As diretrizes já foram distribuídas e estão em estudo. O tema será: “A Igreja Católica no Oriente Médio, Comunhão e Testemunho”. O documento destaca que o Santo Padre, que visitou a Terra Santa de 8 a 17 de maio de 2009, acedeu a pedidos para convocar a assembleia, com o propósito de examinar os ensinamentos dos Atos dos Apóstolos “na complexa situação dos países do Oriente Médio e alimentar as esperanças e a fé dos cristãos que nunca deixaram de estar presentes em sua terra natal desde os tempos de Jesus”. São 32 questões propostas e enviadas a todas as dioceses visando informações confiáveis sobre tudo o que diz respeito aos fiéis. Nada foi esquecido. Em sua peregrinação, Bento 16 recomendou em discursos “que os cristãos perseverem em sua fé e não esqueçam a grande dignidade que deriva da nossa herança cristã”. O sínodo, espera-se, explicará a fuga dos cristãos do Oriente Médio, onde estima-se que eles sejam entre 12 e 15 milhões. Proporcionalmente, metade do que eram no inicio do século passado, quando eram estimados em 20% da população árabe. São, porém, estimativas. Sabe-se com certeza que são um terço dos quatro milhões de libaneses. Em todos os demais 22 países árabes e um judeu, a proporção de cristãos é bem inferior a 10%. Na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, na qual se intenciona instaurar o Estado palestino independente, 87% são árabes palestinos muçulmanos e 6% árabes cristãos. Os demais são judeus israelenses nela assentados; Os sete milhões e meio de israelenses abrangem 80% de judeus de Israel, cerca de 14% de árabes muçulmanos e apenas 2,1% de árabes cristãos. É notório que o número de cristãos começou a declinar a partir do sétimo século por conversão, quando a região foi conquistada por muçulmanos. Mas no século passado, ainda sob o Império Turco-Otomano, a emigração de cristãos foi maciça e continuou depois da derrocada do Império Otomano em 1918. É verdade que ocorre curioso paradoxo em Israel. As estatísticas indicam apenas 120 mil árabes cristãos num total de mais de um milhão de muçulmanos. Mas, no final da existência da União Soviética, cerca de um milhão de russos chegaram a Israel com passaporte judeu. A Lei do Retorno, das primeiras a serem adotadas na proclamação do Estado judeu, em 1948, assegura ao judeu o direito de emigrar para o país. Dos russos que vieram estima-se que entre 300 a 500 mil tinham ascendentes judeus, mas eram e continuam cristãos. >>> Leia mais, clique aqui.


sábado, 28 de novembro de 2009

A homossexualidade na Bíblia Hebraica: um estudo sobre a prostituição sagrada no antigo Oriente Médio

A homossexualidade na Bíblia Hebraica: um estudo sobre a prostituição sagrada no antigo Oriente Médio

Sérgio Aguiar Montalvão

Dissertação de mestrado em Língua Hebraica, Literatura e Cultura Judaicas (USP)

Data da defesa: 07/05/2009.

Resumo: O trabalho tem o objetivo de apresentar a homossexualidade na Bíblia Hebraica através das passagens de Levítico 18:22, 20:13, Deuteronômio 22:5, 23:18-19, 1º Reis 14:24, 15:12, 22:46 e 2 Reis 23:7; analisar as relações da prostituição cultual masculina dos termos encontrados em Deuteronômio 23:18-19 (qadesh e keleb); os termos da região do Oriente Próximo com o papel da adoração ritual homossexual (qaditu e assinu); as deidades rituais com o rito masculino (Asherah de 2º Reis 23:7 e a Astarte de Kítion do Chipre relacionada ao keleb em Deuteronômio 23:18-19) as quais estão relacionadas aos ritos de fertilidade; trabalhar o contexto histórico no qual a homossexualidade ritual se desenvolveu em Israel e Judá (1º Reis 14:24, 15:12, 22:46 e 2º Reis 23:7); e com a questão das abominações e interditos tanto da homossexualidade (Levítico 18:22 e 20:13) quanto do travestismo (Deuteronômio 22:5). A pesquisa será realizada através de diversos estudos de acadêmicos que discorreram sobre o tema da homossexualidade na Bíblia Hebraica e sobre as suas questões levantadas e conclusões.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Clipping: Israel x Gaza x Oriente Médio

Veja mais:

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Mudança climática ameaça berço da civilização

O famoso Crescente Fértil no Oriente Médio foi o local onde surgiram a agricultura, as primeiras povoações e a civilização. Mas um novo estudo revela que a mudança climática secará os rios da área e destruirá a sua agricultura - com efeitos devastadores para a região

Volker Mrasek

A região conhecida como Crescente Fértil forma um corredor em forma de foice com 3.000 quilômetros de extensão no extremo norte da Península Arábica. Encaixado entre montanhas e o deserto, ele se estende em um arco gigante do Vale do Nilo, no Egito, até a costa leste do Mediterrâneo, e daí até o Golfo Pérsico. Ele passa por Israel, Líbano e oeste da Síria, toca o sul da Anatólia e, a seguir, o Irã, para finalmente descer até a área que fica entre os rios Tigre e Eufrates, naquilo que atualmente é o Iraque.

Esta é uma paisagem de importância verdadeiramente épica. Trata-se do berço da agricultura e da pecuária, onde há dez mil anos teve início a Revolução Neolítica - a transformação dos nômades da Idade da Pedra em populações fixas, aliada ao surgimento das primeiras cidades e civilizações. Lá os sumérios gravaram símbolos cuneiformes em tabletes de argila e criaram a primeira escrita do mundo.

Mas a área conhecida como o berço da civilização está sob grave ameaça. Antes do final deste século, o lendário celeiro de alimentos do Oriente Médio poderá secar como resultado do aquecimento global, a ponto de não ser mais apropriado para a agricultura tradicional baseada nas chuvas. A região deixaria de existir como espaço agrário.

"A antiga agricultura sustentada pelos regimes de chuvas permitiu que civilizações prosperassem na região do Crescente Fértil", declarou Pinhas Alpert, professor de ciências atmosféricas da Universidade de Tel Aviv, à "Spiegel Online". "Mas esta benção em breve deverá desaparecer devido à mudança climática provocada pelos seres humanos".

Junto com colegas do Japão, o físico israelense simulou como os padrões pluviométricos e a vazão dos principais rios da região mudarão no decorrer do século 21. Para isso, eles usaram um modelo de mudança climática desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas Meteorológicas em Tsukuba, no Japão. O modelo é único no sentido de que permite aos pesquisadores simular o clima com uma resolução espacial de 20 quilômetros, uma escala anteriormente não obtida por outros modelos climáticos globais.

O modelo prevê dois possíveis cenários para o futuro da área: um moderado, no qual, até o final deste século, a temperatura atmosférica média na região aumentaria 2,6°C em relação ao período pré-industrial. Já no cenário mais extremo, a temperatura aumentaria 4,8°C.

Alpert apresentou os resultados da sua pesquisa na conferência anual da União Européia de Geociências, em Viena, nesta semana. Ele declarou que, mesmo com aumentos moderados da temperatura, o índice pluviométrico anual na costa do Mediterrâneo - na Síria, em Israel e no Líbano - sofreria uma queda de 50 a 200 milímetros. A quantidade de água do Eufrates seria 30% menor que a atual; no Rio Ceyhan, no sul da Turquia, a vazão diminuiria 40%, e no Rio Jordão a queda seria de até 80%.

Mas, levando-se em conta o cenário extremo, os recursos de água iriam se tornar ainda mais escassos. Segundo as previsões, em tal cenário, a região entre o Tigre e o Eufrates sofreria uma redução de dois terços do seu índice pluviométrico atual. As vazões do Eufrates e do Ceyham diminuiriam em mais de 70% e 80%, respectivamente. E o Rio Jordão praticamente secaria - ele teria apenas parcos 2% do seu volume original.

O Crescente Fértil e o cultivo de grãos praticado na área necessitam de bastante precipitação no inverno, já que só assim o nível dos rios aumenta suficientemente para que eles durem no decorrer da estação seca, que vai da primavera ao outono. "A principal estação para as chuvas é o inverno", explica Alpert. "De outubro a março a região conta com 90% do total anual de chuvas".

Durante esse período, o ar úmido do Atlântico vem do oeste pelo Mediterrâneo. Quantidades abundantes de neve caem nas Montanhas Taurus, na Turquia, e nas Montanhas Zagros, no Irã e no Iraque, que têm mais de 4.000 metros de altitude, bem como sobre as Colinas de Golã. Na primavera a neve derrete, elevando o nível dos rios. Esses rios, cujas águas são desviadas para a irrigação, são as fontes de vida do Crescente Fértil.

Mas, devido à alteração climática, o berço da agricultura está secando. Mesmo com um aumento apenas moderado das temperaturas, o Crescente Fértil secaria e a terra do Oriente Médio apropriada para o cultivo encolheria, adverte Alpert. "E os sinais são extremamente problemáticas para a região", acrescenta ele. "Todos sabemos que essa região é muito frágil... A maioria dos governos neste território é frágil e as economias dos países da área são muito débeis".

Países ricos, como Canadá e Rússia, se beneficiarão com as mudanças climáticas, já que partes das suas regiões ao norte passarão a ser aproveitáveis para a agricultura. No entanto, nos países subtropicais pobres, onde o clima ficará ainda mais seco, as terras cultiváveis serão perdidas, conforme provavelmente ocorrerá em breve no Oriente Médio.

Primeiros sinais ameaçadores
O cientista climático israelense deposita grande fé nos resultados dos novos modelos. Ele admite que este é o primeiro estudo no Oriente Médio a utilizar o modelo japonês de mudança climática. No entanto, modelos anteriores não foram capazes de produzir simulações precisas da região porque não tinham uma resolução espacial suficiente. "Esta é a primeira simulação global com um supercomputador que foi capaz de reproduzir de maneira excelente o formato do Crescente Fértil", afirma o cientista.

Atualmente já existem sinais de uma tendência a uma maior aridez, por exemplo, na bacia do Rio Jordão. Lá, cientistas alemães também estão criando simulações dos efeitos da alteração climática sobre as reservas de água como parte de um projeto internacional de pesquisa chamado Glowa Jordan. "Já não existe tanta neve nas Colinas de Golã", avisa Peter Suppan, do Instituto de Pesquisa Meteorológica e Climática em Garmisch-Partenkirchen, na Alemanha. "E quando a neve derrete, a água corre com uma rapidez bem maior".

Como resultado, a água não flui das montanhas no final do ano, o nível do Rio Jordão diminui drasticamente e fica difícil irrigar os campos. "Os habitantes da região não se importam se o clima ficar um ou dois graus mais quente. Muito mais importante para eles é aquilo que ocorre com o índice pluviométrico. Uma queda de apenas 10% neste índice já poderia ter conseqüências desastrosas", afirma Suppan.

Porém, Alpert acredita que o Crescente Fértil ainda pode ser salvo. "Isso vai depender muito de como o mundo reagirá, se o mundo de fato agirá com a seriedade necessária no sentido de adotar medidas contra a alteração climática", afirma o pesquisador.

A nova pesquisa deixa uma coisa bem clara. A mudança climática não está ameaçando apenas acabar com banquisas, geleiras e espécies animais. Ela poderá também destruir regiões modeladas pelo homem e que são insubstituíveis para a humanidade.

Tradução: UOL

Extraído de:
Der Spiegel, em 17/04/2008.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Plan brokered by archaeologists would remove roadblock to Mideast peace

Legenda da foto: USC archaeologist Lynn Dodd and UCLA archaeologist Ran Boytner mobilized a team of Israeli and Palestinian archaeologists to draft a plan for the disposition of the region's archaeological heritage following the establishment of a Palestinian state.

Negotiations lead to first agreement on region's archaeological riches



By Meg Sullivan and Edward North-Hager - 4/8/2008 11:00:00 AM

Israelis and Palestinians may not be able to agree right now on their present or future, but, if a pair of Los Angeles archaeologists have their way, they soon will see eye to eye on their past.

Working tirelessly for the past five years, Ran Boytner, a University of California, Los Angeles archaeologist and Lynn Swartz Dodd, an archaeologist at the University of Southern California, have guided a team of prominent Israeli and Palestinian archaeologists to arrive at the first-ever agreement on the disposition of the region's archaeological treasures following the establishment of a future Palestinian state.

"Israelis and Palestinians never previously had sat down to achieve a structured, balanced agreement to govern the region's archaeological heritage," said Dodd, a lecturer in religion and curator of USC's Archaeological Research Collection. "Our group got together with the vision of a future when people wouldn't be at each other's throats and archaeology would need to be protected, irrespective of which side of the border it falls on."

With dozens of high-ranking Israeli, Palestinian, U.S. and international statesmen and Palestinian archaeologists already aware of the Israeli-Palestinian Archaeology Working Group Agreement, the 39-point document now faces its toughest audience: Israeli archaeologists whose country would cede control over tens of thousands of artifacts and hundreds of sites.

"We're talking about putting your precious archaeological heritage — things you believe your ancestors created — in the hands of what you now consider to be your enemy," Dodd said. "We're asking enemies to become partners."

"According to international law, if there is a future Palestinian state, the Israelis will have to return all archaeological artifacts to the Palestinian state," said Boytner, director for international research at the Cotsen Institute of Archaeology at UCLA. "That, for the [Israeli] right wing, would be a major rallying point to oppose the peace process. Therefore, archaeology could be a deal-breaker in future peace negotiations. But if we can deal with archaeology, we can help create a stable peace process that will be respected by both sides for years to come."

While the agreement does not spell out the disposition of specific sites or artifacts, it has implications — depending on how borders eventually are drawn by statesmen — for a wide range of cultural lightning rods located in or excavated from Israeli-occupied territories, including a religious compound thought to be involved in the production of the Dead Sea Scrolls (Qumran), the capital of the ancient Kingdom of Israel (Samaria) and an important archaeological site (Mount Ebal) celebrated by Israeli settlers as the spot where the Old Testament leader Joshua built an altar to the Jewish God in thanks for allowing the Israelites to cross the Jordan River and reach the Promised Land.

In addition to international law on the repatriation of artifacts from occupied territories, the document is based on such democratic principles as equal protection for archaeological treasures of all cultures and unfettered access to sites and artifacts for the public and scholars, without regard to their ethnicity or religion. The agreement also borrows from concepts floated in previous peace processes, including general concepts from the Israeli-Egyptian Peace Treaty of 1979 and the Tentative Taba Agreement of 2001.

The negotiating team presented their case to 200 Israeli archaeologists on April 8 at a four-hour conference at the Van Leer Institute, a Jerusalem nonprofit dedicated to enhancing and deepening Israeli democracy.

Among the document's specific recommendations:

  • Repatriation of artifacts excavated since 1967 in the Occupied Territories to the state in which they were originally found. Currently, the Israeli Archaeological Authority and the archaeology staff officer of the Israeli military's Civil Administration maintain control of all archaeological material excavated in Israel and some from the West Bank.
  • More than tripling of the footprint of that part of Jerusalem that would qualify for special protections as a UNESCO World Heritage Site to include the city's boundaries during the 10th century, or roughly the era of the Crusades. Currently, such status extends to a one-third-square-mile area that includes the Temple Mount, the Western Wall and the walls of Jerusalem's more than 2,000-year-old Old City.
  • Ceding control over archaeological sites and artifacts to the state in which they reside and prohibiting the destruction of archaeological sites because of their cultural or religions affiliations. Currently, archaeological authorities on both sides of the conflict have been accused of being less careful about protecting and excavating archaeological sites and artifacts from cultures that are not their own.
  • Consideration of archaeological sites that will straddle future international borders proposed under a peace plan to ensure that these borders do not divide or harm archaeological remains.
  • Support for the establishment of museums, labs and storehouses for the protection, study and care of archaeological heritage where they currently do not exist, so that repatriation of materials to territories occupied by Israel in 1967 does not stall for the lack of such facilities.

"These are the principles that we need to govern how we address and preserve archaeological heritage that's of interest to both sides, irrespective of what border it falls within," Dodd said.

In a parallel effort, the team spent three years tracking down and itemizing more than 1,500 sites and tens of thousands of artifacts that would fall into a legal limbo if a two-state system were adopted, as previous peace plans have suggested. Assembled through investigation of scholarly reports about the excavations, the use of Freedom of Information Act requests and, finally, legal action, the resulting electronic database also includes the current location of artifacts removed from the West Bank and East Jerusalem, including those removed from the Rockefeller Museum, an East Jerusalem archaeological museum that houses a large collection of artifacts unearthed in excavations conducted in Palestine beginning in the late 19th century. The information now is available on request to researchers, policymakers and politicians, but the team hopes to make it available soon over the Internet.

"When negotiators come in, they will know what to talk about specifically," Boytner said.

At issue is control of all archaeological material recovered inside the borders of a future Palestinian state. Palestinians have expressed the desire to control such resources within their boundaries. But since the 1967 War, Israelis have excavated extensively in the West Bank, deciding where to excavate and then removing the artifacts to storage facilities controlled by the Israeli Civil Administration.

Yet, as much as Palestinians have expressed the desire to control such cultural heritage, they can also view preservation efforts with suspicion.

"Archaeology sometimes has been used as a reason to curtail the natural expansion and refurbishing of Palestinian villages and towns," Dodd said. "The combination of military, economic and archaeological barriers to prosperity in Palestinian villages caused great resistance to archaeological-heritage preservation among segments of the Palestinian population. Prominent Palestinian archaeologists report that for some Palestinians, looting of artifacts becomes a means of resistance to the Israeli occupation."

Participants credit Israel-born Boytner, whose expertise is actually Andean archaeology, with getting the ball rolling. Long fascinated with "the role politics plays in archaeology in one of the greatest conflicts on earth right now," he decided to pursue an agreement following a chance meeting with an assistant to a leading negotiator for the Israeli government. Boytner was surprised to learn about the lack of progress on cultural heritage in past peace negotiations.

"Nobody was doing anything about it," Boytner said. "This was off the radar for everyone."

With the help of Dodd, who also studies the role of politics in interpreting the past, Boytner enlisted six of the region's most prominent working archaeologists and ultimately involved 10 institutions from around the world. To bankroll their activities, the team raised more than $150,000 in funds from a range of public and private donors, including USC, UCLA and the U.S. Institute of Peace, an independent, nonpartisan institution established and funded by the U.S. Congress with the goal of helping to prevent and resolve violent international conflicts.

Palestinian archaeologists have already expressed support for the document's provisions, which are now on file with the Israeli and Palestinian governments, the U.S. Department of State and former British Prime Minister Tony Blair, who is now the official envoy of the Middle East diplomatic "quartet" — the four outside entities (the United Nations, European Union, United States and Russia) involved in mediating the peace process for the Israeli-Palestinian conflict.

Of the five years so far devoted to the project, three have been spent in sometimes tense negotiations. On three occasions, in fact, professional facilitators were employed to keep discussions moving. But the team continued to meet — a total of four times over three years, in three different countries — often making the most headway over meals shared between the sessions. Stakes were high for the three Palestinian and three Israeli archaeologists who lent their expertise to the project.

"People who participated did so at great risk, professional and personal, to themselves," Boytner said. "It's not unheard of for Palestinians who are caught negotiating with Israelis to be treated as traitors, some being dragged to the street and shot dead. For the Israelis, it's not unheard of to be branded as traitors and therefore being denied positions or being fired or basically being blackballed."

"The collaboration and investment in future peace made by our Israeli and Palestinian colleagues should be highlighted," Dodd said. "They are the ones who made the radical choice to envision a shared future by joining this process and working together. Their role as peacemakers deserves emphasis."

To this day, only two participants — Rafi Greenberg, a lecturer in archaeology at Tel Aviv University, and David Ilan, director of the Nelson Glueck School of Biblical Archeology at Hebrew Union College in Jerusalem — have agreed to be publicly identified. The other four have remained anonymous, fearing reprisals. Yet they all see themselves as private citizens trying with the only tool they have at hand to contribute to a process that so far has stumped professional statesmen.

"Even though we are archaeologists, we are peacemakers first," Boytner said.

To view a video on the archaeology plan, visit www.youtube.com/watch?v=wkRATNj8WDo.

Extraído de:
UCLA, Newsroom, em 08/04/2008.