- A romanização no Egito: direito e religião (séculos I a.C. - III d.C.): O objetivo desta tese é identificar a intensidade do desenvolvimento do processo de romanização no Egito, desde a conquista de Otávio (30 a.C.) até a promulgação do Edito de Caracala (212 d.C.), observando como atuavam o direito e a religião vigentes naquela província romana, junto aos quatro segmentos étnicos que compunham o seu tecido social no período acima referido: egípcios, judeus, gregos e romanos. O estudo de tais atividades é efetuado a partir de fontes textuais e iconográficas. As primeiras mostram a engrenagem jurídico-legal de todas as etnias acima citadas, bem como as práticas da religião judaica. As segundas revelam as manifestações espirituais politeístas. No que tange ao direito de egípcios, gregos e romanos, opero textos contidos nas coleções B.G.U. e Papiros de Oxirrinco. Em relação ao direito judaico utilizo tanto fragmentos do tratado O Decálogo, de Filão de Alexandria, quanto trecho do texto homônimo, presente na Torah. No que concerne ao politeísmo de egípcios, gregos e romanos, lanço mão de fontes iconográficas funerárias e imagens em reversos de moedas cunhadas em Alexandria, ao tempo da dinastia Antonina. Por fim, volto a textos da Torah para ilustrar pontos centrais da religião judaica. A Análise de Conteúdo é a metodologia empregada para analisar todas as fontes primárias acima citadas. Esta tese constata que, embora o processo de romanização tenha se instalado em território egípcio durante o domínio romano no período acima citado, os direitos indígenas de gregos e egípcios mantiveram-se em atividade, simultaneamente com o romano. O direito romano não apenas regulava as atividades jurídico-legais dos cidadãos romanos, mas também estendia sua influência a todas as etnias nativas do Egito, anterior à conquista de Otávio. O Decálogo foi preservado e a interferência da cultura clássica nele ocorrida, foi a presença da filosofia grega, na exegese bíblica de Filão. No âmbito da religião, observa-se que tanto o judaísmo, quanto as práticas politeístas continuaram a ser praticados. A iconografia, embora híbrida, revelou significativa presença de elementos espirituais faraônicos e gregos, bem mais consistentes do que os romanos.
- Pluralidade e conflito. As revoltas judaicas e a ideologia do poder. Uma história comparada das Guerras Judaicas entre os II a.E.C. e I E.C.
Blog acadêmico de temas bíblicos com ênfase nos Estudos Judaicos (na área bíblica).
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- Cláudia Andréa Prata Ferreira
- Rio de Janeiro, RJ, Brazil
- Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.
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quarta-feira, 27 de junho de 2012
O outono da Judéia (Séculos I a.C. - I d.C.): Resistência e Guerras Judaicas Sob o Domínio Romano, Flávio Josefo e sua narrativa
Luís Eduardo
Lobianco: O
outono da Judéia (Séculos I a.C. - I d.C.): Resistência e Guerras Judaicas Sob o
Domínio Romano, Flávio Josefo e sua narrativa
Dissertação
de mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História da Universidade
Federal Fluminense, em 1999. >>>
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sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
O Outono da Judéia (Séculos I a.C.- I d.C.) - Resistência e Guerras Judaicas Sob o Domínio Romano - Flávio Josefo e Sua Narrativa.
Luís Eduardo Lobianco
Dissertação de mestrado em História (UFF).
Data da Defesa: 01/09/1999.
Resumo: Esta dissertação tem um tríplice objetivo. Primeiramente, analisar a sociedade judaica no período em que a Judéia esteve sob o domínio de Roma. Em seguida refletir sobre a vida e a obra do historiador Flávio Josefo. Por fim, discutir sua primeira obra, História da Guerra dos Judeus contra os romanos, que narra a resistência judáica face ao domínio romano, bem como as guerras judaico-romana (66 - 74) e civil judaica (66 - 70). Esta dissertação, portanto, estuda a Judéia Romana sobretudo nos séculos I a.C e 1 d.C.
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