
News and analysis related to biblical geography, history and archaeology
Blog acadêmico de temas bíblicos com ênfase nos Estudos Judaicos (na área bíblica).
Bereshit: an easy-Hebrew newspaper for beginners. Jerusalém: Israel, Número 12, em 18/02/2008, página 08.
Bereshit: an easy-Hebrew newspaper for beginners. Jerusalém: Israel, Número 11, em 04/02/2008, página 10.
O Prof. Airton José da Silva comenta sobre a coleção de links para mapas e fotos úteis para os estudos bíblicos: Mapas interativos e Google Earth - Mapas tradicionais e em PowerPoint - Fotos da região e de sítios arqueológicos. No Tyndale Tech, por David Instone-Brewer - Tyndale House,
Interactive maps & GoogleEarth - Traditional maps & powerpoint maps - Photos of places & archaeology. By David Instone-Brewer, Tyndale House, Cambridge, UK.
Mais Mapas:
Geografia do Antigo Oriente Médio
Curso de extensão – 1º semestre de 2008
Setor Cultural – Faculdade de Letras/UFRJ
Panorama da História e Geografia Bíblica: Israel na Antigüidade
Coordenadora e Docente: Profa. Dra. Cláudia Andréa Prata Ferreira (UFRJ).
Professora doutora do Setor de Hebraico do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ e do Programa de Pós-graduação
Ementa: Apresentação do panorama histórico do espaço geográfico bíblico e a história de Israel na Antigüidade. É importante conhecer as características geográficas de Israel na Antigüidade e sua realidade política, social e econômica para poder compreender e situar adequadamente os fatos narrados no texto bíblico. A importância da experiência religiosa do povo de Israel. A Bíblia é um conjunto de livros que contêm a narração de tal experiência.
Vagas: 20 - Dia da semana: quarta-feira - Horário: 13:00 h às 15:00 h
Período: de 02/04 a 18/06 (12 encontros)
Programa
01) 02/04 – O Texto Bíblico “Judaico”: cânone judaico (Esserim Vearbaá).
02) 09/04 – Panorama geográfico: os nomes dados à Terra de Israel através dos tempos, a situação geográfica e o sentido religioso da Terra Prometida.
03) 16/04 – A história das origens. As narrativas da Criação dos povos do Antigo Oriente Próximo e sua influência no texto de Gênesis. O pecado original. Caim e Abel. As duas narrativas do dilúvio. A Torre de Babel.
04) 23/04 - As narrativas dos pais. As origens de Abraão. Vocação, aliança e promessa. Sodoma e Gomorra. O sacrifício de Isaac. A relação entre Jacó e Esaú.
05) 30/04 – O Êxodo: uma história de escravidão e libertação. A história de José. A história de Moisés. As dez pragas. O êxodo e a passagem do mar.
06) 07/05 – A terra onde corre leite e mel. O Decálogo e sua relação com as leis hititas e babilônicas. O período de ocupação da Terra Prometida: o percurso e as etapas da ocupação. A distribuição da terra.
07) 14/05 – O tempo dos Juízes. Os Juízes Maiores e os Juízes Menores.
08) 21/05 – O tempo dos reis. A monarquia em Israel.
09) 28/05 – Profetas e Profetisas na Bíblia.
10) 04/06 – Filosofia grega e a sabedoria hebraica. O diálogo entre helenismo e judaísmo.
11) 11/06 – Panorama da Galiléia do I século: A situação geopolítica da Galiléia e as condições socioeconômicas da região. As relações entre Galiléia e Judéia.
12) 18/06 – O judaísmo no tempo de Jesus. Judaísmo ou Judaísmos?
Título: ABC dos Mapas Bíblicos
Catálogo: Bíblico
Assunto: Mapas
Ano: 2008
Autor(a): Filippo Serafini Giacomo Perego
Acabamento: grampeado
Número de páginas: 63
Editora: PAULUS
Edição: 1
Código de barras: 9789723012880
ISBN: 9729783012880
Sinopse: Pequeno altas bíblico para acompanhar a leitura e o estudo da Bíblia. São 36 mapas com construções e fotografias.
SCHMIDT, Francis. Espacialização. IN: ---. O pensamento do Templo. De Jerusalém a Qumran. Trad. Paulo Meneses. São Paulo: Loyola, 1998. p.18-21.
P. 18. Disparidades regionais e flutuações históricas que exprimem em particular a multiplicidade dos nomes dados a esse território polimorfo, quer seja descrito do exterior por observadores como Heródoto, por geógrafos como Estrabão, por naturalistas como Plínio, o Velho, quer designado do interior por uma administração estrangeira — lágida, selêucida ou romana — ou pelos próprios judeus, o uso corrente, assim como a nomenclatura oficial, apresenta uma diversidade desconcertante.
De todas essas denminações, reterei apenas três, que atestam as legendas de três moedas. A primeira é um grande bronze posto em circulação em Naplusa, em 159-160. Na frente, o busto de Antonino, o Piedoso; no verso, um templo no cimo do monte Garizim, acompanhado da legenda grega Neapoleôs Syrias Palaistinês. A segunda moeda é um sestércio de bronze, datado de 71, com o busto de Vespasiano na frente; no verso, uma palmeira, ladeada pelo imperador à esquerda e por uma mulher judia cativa à direita, está rodeada pela legenda: Judaea capta. A terceira é uma tetradracma da segunda guerra judaica. Na frente, a fachada tetrastilo do Templo de Jerusalém; no verso, o lulav e o etrog, que fazem referência à festa de Sukkot, estão circundados pela legenda, em escrita paleo-hebraica: “Ano 1 da redenção de Israel”. Três moedas, portanto três denominações diferentes: Palestina, Judéia, Israel[1].
P.19. Literalmente, Palaistinê é o nome grego que designa o país dos filisteus. Em um comentário sobre a tábua dos povos de Génesis 10, que enumera as diversas regiões do mundo ocupadas pelos filhos de Noé, Flávio Josefo diz que Filistinos, um dos descendentes de Cam, é o único que se instalou em um país que leva o nome de seu fundador: “Com efeito”, escreve, “os gregos chamam Palestina à parte que lhe coube” (Antiguidades, 1, 136). Já no testemunho de Heródoto (Histórias, VII, 89), Palestina é o nome dado à parte da Síria onde habitam os fenícios, e a toda a costa até o Egito. Igualmente, o geógrafo Pompônio Mela (Chorographia I, 11, 63) e Plinio, o Velho (História natural, V, 69), designam assim a faixa costeira que se estende da Fenícia ao Egito. Mas tomado em uma segunda acepção, igualmente atestado por Heródoto, o termo estende-se a toda a região que está atrás, e então compreende o conjunto da Síria meridional: “Os fenícios e os sírios da Palestina reconhecem, eles próprios, ter aprendido dos egípcios o costume da circuncisão” (Histórias, II, 104, 3)[2]. Aristóteles admira-se com as fábulas que contam sobre um lago da Palestina onde flutuam na superficie todos os corpos de homens ou animais que nele são mergulhados, e que é tão salgado que nenhum peixe pode viver ali (Meteorológicos II,
[1] Sobre o conjunto dos nomes dados à Palestina: Abel 1933, I, pp. 3 10-332. Sobre a oposição entre “Judéia” e “Palestina”: Feldman 1990, pp. 1-
[2i] Segundo Flávio Josefo, Antiguidades, VIII, 262; Contra Ápio, 1, 168 ss., esses sírios da Palestina são exatamente os judeus: ver Stern 1976 (onde se encontrará um comentário magistral de todos os outros textos gregos e romanos aqui citados), I, pp. 2-
[3] Sobre essa cunhagem de moeda da província de Judéia: Mildenberg 1979, pp.183-196.
[4] Plinio, História naturalis, V, 70; Flávio Josefo, Guerra, III, 5 1-55 (a Judéia propriamente dita); III, 143, 409 (a Judéia em sentido amplo).
[5] Assim Mishnali, Cheviit, 9, 2; Ketubbot, 13, 9; Babba Batra, 3, 2.
[6] ‘Erets Israel. Sobre uma análise semântica do vocabulário da “terra” (‘admat Israel e ‘erets Israel) em Ezequiel, ver Keller 1975, pp. 481-490.
SCHMIDT, Francis. Espacialização. IN: ---. O pensamento do Templo. De Jerusalém a Qumran. Trad. Paulo Meneses. São Paulo: Loyola, 1998. p.17-18.
P.17. Na época selêucida, a comunidade judaica leva o nome oficial de ethnos
Essa expansão territorial foi acompanhada de uma política de judaização das regiões anexadas. Vêm agregar-se à Judéia regiões mais ou menos recentemente judaizadas: assim a Iduméia na época de João Hircano (134-104); o norte da Galiléia na época de Aristóbulo I (104-103), ou muito mais recentemente, na época herodiana, as regiões situadas a leste do lago de Tiberíades. Aparecem, pois, no interior do país judaico, disparidades regionais, históricas, acompanhadas muitas vezes de particularidades halákhicas[2]. Em suma, um território de limites flutuantes, de estatutos políticos múltiplos e cambiantes, de regionalismos fortemente marcados.