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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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quinta-feira, 13 de maio de 2010

“Quem é Este?” Poder, Medo e Identidade Mítica na Narrativa de Marcos 4.35-41

“Quem é Este?” Poder, Medo e Identidade Mítica na Narrativa de Marcos 4.35-41

CARLOS GUILHERME FAGUNDES DA SILVA MAGAJEWSKI

Dissertação de mestrado em Ciências da Religião (UMESP)

Data da defesa: 25/02/2010.

Resumo: Esta dissertação elabora uma exegese de Marcos 4. 35 – 41, “Jesus Acalma uma Tempestade”. Para tanto, parte da revisão crítica da pesquisa atual do Jesus Histórico em diálogo com a História Cultural, Micro-história e Psicologia Histórica, com o intuito de levantar questões pertinentes às narrativas míticas e sua importância para o saber histórico. Do mapeamento literário dos Papiros Mágicos Gregos, bem como referência ao Hino de Auto-Exaltação de Qumran, ao antigo testamento e a textos rabínicos posteriores ao Novo Testamento, emergem paralelos que são fundamentais para a compreensão da perícope analisada. Assim, a exegese do texto em questão lança luz sobre os elementos de poder, medo e identidade mítica presentes na narrativa.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

O Sínodo sobre a Bílbia em busca de um meio termo. Artigo de John Allen Jr.

Como o Sínodo dos Bispos sobre a Bíblia, entre os dias 05 e 26 de outubro, se encaminha para a sua fase de “encheção de lingüiça”, trabalhando em proposições que serão submetidas ao papa para uma mensagem de conclusão para o mundo, já parece possível antecipar diversas de suas conclusões, pelo menos em um grau razoavelmente alto de aumento.


A análise é de John Allen Jr., do National Catholic Reporter, 17-10-2008 . A tradução é de Moisés Sbardelotto. >>> Leia mais em IHU, em 20/10/2008.


Leia mais em:

Em defesa das conquistas da exegese acadêmica

domingo, 21 de setembro de 2008

Exegese Bíblica na Tradição Judaica

Exegese Bíblica na Tradição Judaica

Profa Dra Cláudia Andréa Prata Ferreira
FL/UFRJ e PPGHC-IFCS/UFRJ
Versão em 21/09/2008


Texto Hebraico Bíblico
Na Tradição Judaica:
a Bíblia Hebraica (Antigo Testamento/Primeiro Testamento) é conhecida pelo termo Tanach, composto pela Torá (Pentateuco), Neviim (Profetas) e Ketuvim (Escritos).

O conjunto do Tanach tornou-se a parte central da Tradição Escrita, Torá Shebik’tav.

► A leitura da Torá (Pentateuco) é realizada normalmente nas segundas, quintas e sábados. Este costume é uma forma de liturgia que data desde os tempos do retorno dos judeus do exílio babilônico no século VI a.E.C. A leitura também é parte do sistema integrado na liturgia de oração e estudo.

► A Torá é dividida em cinqüenta e quatro partes chamadas de Parashá ("sessão"), no plural Parashiot. Deste modo, a cada semana é lida uma Parashá e ao final de um ano, a leitura é concluída e reiniciada ano a após ano sucessivamente. A leitura da Parashá se inicia sábado à tarde, tem sua continuação às segundas e quintas e continuação, seguida de conclusão, sábado de manhã.

► O sentido literal de Haftará é "conclusão" e refere-se à leitura de trechos selecionados dos livros dos Profetas. Encontramos duas explicações para a leitura da Haftará: primeiramente, a leitura se deve à intenção de preservar este material na memória do povo. A outra explicação associa o uso da leitura da Haftará com o período de proibição do estudo da Torá por Antíoco IV, no século II a.E.C. Neste contexto, a Haftará seria uma substituta à leitura em que os trechos escolhidos teriam um conteúdo correspondente ao da leitura prescrita (Torá). Com o fim da proibição, manteve-se o costume da leitura da Haftará. A Haftará é relacionada ao tema da leitura da Torá, permitindo uma compreensão mais profunda da leitura desta e dos dias festivos.

Orientação Oral – 1
A Orientação Oral era em grande escala derivada do Tanach (Bíblia Hebraica) e qualquer preceito particular podia, em princípio, ser ensinado através de qualquer um dos métodos: como interpretação do texto-documento (Tanach) ou como uma tradição independente.

Orientação Oral – 2
A interpretação das Escrituras tornou-se conhecida como Midrash “interpretação”, termo derivado de um verbo hebraico que significa “buscar, investigar, procurar saber”.

Midrashim
Os Midrashim tiveram sua origem nas palestras e homilias populares realizadas na sinagoga, no Beit HaMidrash ou na Academia Talmúdica.

Literatura Rabínica - 1
A literatura rabínica pode ser classificada basicamente de:
1) de acordo com o gênero:
método Midrash e método Mishná
2) de acordo com o objeto do texto: Halachá ou Hagadá

Literatura Rabínica – 2
A literatura rabínica pode ser classificada segundo a origem cronológica:

► período dos tanaim (70-200 E.C.) e seus predecessores
Local:
Terra de Israel
Idioma: hebraico
e o
► período dos amoraim (200-500 E.C.)
Local:
pode ser da Terra de Israel ou Babilônia
Idioma: aramaico.


Ilustração: Modelo de uma página talmúdica.

Bíblia que gera a Bíblia - 1
A atividade rabínica de interpretar o texto bíblico e criar uma hermenêutica elaborada tem como fonte de inspiração a própria fonte bíblica.

O sentido de Midrash como um processo de “interpretação e exposição” já estaria presente na própria Bíblia (Hebraica) numa espécie de processo de Bíblia que gera Bíblia (TREBOLLE BARRERA, 1995:513-520).

Bíblia que gera a Bíblia – 2
A Bíblia é ela própria um texto interpretado: os profetas interpretam a Torá (Pentateuco) + fonte de toda uma tradição de interpretação (a fonte talmúdica).

De acordo com essa perspectiva, a Bíblia é o substrato de um longo processo exegético no qual os livros do corpus bíblico interpretam-se uns aos outros e que a Bíblia é a primeira intérprete de si mesma.

Bíblia que gera a Bíblia – 3
Destacamos o papel dos profetas na atualização e interpretação das tradições de Israel.

Podemos observar como o profeta Jeremias usa a legislação do divórcio para contrastar a relação entre Deus e o povo (Ver Jeremias 3,1 releitura de Deuteronômio 24,1-4).

Bíblia que gera a Bíblia – 4
Em outros casos, encontramos narrativas inteiras que reelaboram e adaptam narrativas anteriores.

Em Ezequiel 16, podemos encontrar a reutilização midráshica de antigos materiais da história de Israel (v. Ezequiel 16,17-19 releitura de Êxodo 32,2-4).

Bíblia que gera a Bíblia – 5
Em outros casos, encontramos narrativas inteiras que reelaboram e adaptam narrativas anteriores.

O livro de Crônicas é uma reescrita dos livros de Samuel e dos Reis, com pontos de vista diferentes.

Hermenêutica Rabínica – 1
A hermenêutica rabínica que fundamentalmente é o comentário da Bíblia e posteriormente, o comentário do comentário, dessa forma, dá continuidade a esse processo interpretativo que já estaria presente na Bíblia.

Hermenêutica Rabínica – 2
A interpretação na tradição judaica é caracteristicamente um intenso processo de procura do sentido da palavra divina e uma forma de perpetuar a memória dessa relação entre Deus e Israel através dos tempos.

A sinagoga como Biblioteca Pública
Na Idade Média, a sinagoga além de local de oração, desempenhava as funções de centro social e, entre outras coisas, de biblioteca pública. A leitura é um dever religioso de estudo individual ou em grupo.

Na virada do século XI - Rabino Guershom

“os livros não são feitos para serem armazenados, mas sim emprestados. (...) com esta condição concedi-te o empréstimo sobre penhor daqueles livros - com a condição de poder estudar e ensinar com eles e também empresta-los a outras pessoas”.

No século XIII - Rabino Meir de Rottenburg
“é comum um homem emprestar os próprios livros aos estudiosos”.

A leitura como ritual religioso
A institucionalização da leitura pública da Torá assumiu a função de preservação, transmissão e interpretação das fontes judaicas.

Tradução

A Tradução enquanto permanecia como ato de interpretação e explicação, continuou a ser incentivada pelos rabinos, pois era considerada um dos modos de comunicar e transmitir a palavra divina, embora as versões traduzidas fossem consideradas de importância secundária em relação ao original (hebraico). Uma maneira de interpretar as Escrituras consiste em sua tradução para outra língua, mais familiar ao ouvinte ou leitor. Nas antigas sinagogas de Israel, para evitar o perigo de deturpações e equívocos de tradução, tornou-se comum empregar um intérprete competente, conhecido como meturgeman, que traduzia oralmente as leituras das Escrituras, um (no caso da Torá), ou três (no caso dos Neviim) versos de cada vez, para o aramaico vernacular.

domingo, 4 de maio de 2008

Colóquio sobre Narrativa e Exegese Bíblica

O Prof. Airton José da Silva noticia em seu blog, o colóquio com André Wénin sobre Narrativa e Exegese Bíblica promovido pela Edições Loyola e Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, no dia 19 de maio de 2008, às 14 h, na Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo.

André Wénin, Doutor em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma, 1988, é Professor de Exegese do Antigo Testamento na Universidade Católica de Lovaina, Bélgica, e professor convidado da Pontifícia Universidade Gregoriana, Roma, para a teologia bíblica do Pentateuco.

Área de Pesquisa:
Literatura narrativa do Antigo Testamento, em especial, do Gênesis.
Área de Ensino: Antigo Testamento: introdução e exegese; Hebraico Bíblico.

Publicação traduzida no Brasil: O Homem Bíblico: Leituras do Primeiro Testamento. São Paulo: Loyola, 2006, 184 p. - ISBN 9788515031993.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Bíblia e hermenêutica hoje

PELLETIER, Anne-Marie. Bíblia e hermenêutica hoje. Trad. Paula Silva Rodrigues. C. Silva. São Paulo: Loyola, 2006.

Anne-Marie Pelletier ensinou lingüística geral e literatura comparada na Universidade de Paris-X. Em 1989 publicou nos Analecta Bíblica, em Roma, uma tese intitulada Lectures du Cantique dês cantiques. De l´Énigme du sens aux figures du lecteur. Ensina atualmente na École Cathédrale de Paris e também na École Pratique dês Hautes Études.

Segundo a autora Anne-Marie Pelletier, a Bíblia não foi escrita e inscrita apenas em uma conjuntura histórica que explica seu sentido. Ela também se vê às voltas com a história que, posterior ao texto escrito, constitui a seqüência de suas releituras e de sua recepção. Nesse processo de interpretação incide também, de geração em geração, o sentido das Escrituras. Da mesma forma, o trabalho hermenêutico já se percebe, desta vez, na origem das palavras que lemos, nas releituras e revisões dos registros e da experiência que geraram, desde o Primeiro Testamento, o texto bíblico.

A grande chance de nosso momento atual é a de receber da hermenêutica filosófica e da lírica literária importantes contribuições para aclarar tais realidades — estas últimas, aliás, foram sensíveis às gerações antigas de leitores da Bíblia. Assim, na senda dos pensamentos ou práticas contemporâneas como as de H.-G. Gadamer, P. Ricoeur ou R.Alter, a exegese bíblica abre-se a dimensões negligenciadas da história e do sentido. Ali se encontram, no seio de nossa modernidade, as vias de acesso para uma “leitura integral” das Escrituras.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

O Povo Judeu e as suas Sagradas Escrituras na Bíblia Cristã

As notas da Comissão da Santa Sé para as relações com o judaísmo, de 24 de junho de 1985, § 1, 3 e 4 (Documentation Catholique n.1900, de 21 de junho de 1985, p.733), explicam que é preciso levar em conta “a fé e a vida religiosa do povo judeu, tais como são professadas e vividas ainda hoje”, e que é necessário fazer o “aprendizado dos traços essenciais (através dos quais) os judeus se definem em sua realidade religiosa vivida”.

Outro trabalho de referência é o da PONTIFÍCIA Comissão Bíblica. O Povo Judeu e as suas Sagradas Escrituras na Bíblia Cristã. São Paulo: Paulinas, 2001.


PONTIFÍCIA Comissão Bíblica. O Povo Judeu e as suas Sagradas Escrituras na Bíblia Cristã. São Paulo: Paulinas, 2001.


PONTIFICIA COMISIÓN BÍBLICA. El Pueblo Judío y sus Escrituras Sagradas en la Biblia Cristiana.
http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/pcb_doc_index_sp.htm


Na elaboração deste novo Documento da Igreja, a Pontifícia Comissão Bíblica considerou dois problemas principais: a idéia, possivelmente presunçosa, de que são os cristãos os legítimos herdeiros da Bíblia de Israel, e a questão da apresentação dos judeus e do povo judeu no Novo Testamento, que talvez contribua para criar uma hostilidade em relação aos judeus. Em seu trabalho, a Comissão observou que a renúncia dos cristãos ao Antigo Testamento não poderia ser útil para um relacionamento positivo entre cristãos e judeus, pois lhes seria tirado justamente o fundamento comum. Importante seria renovar o respeito pela interpretação judaica do Antigo Testamento, visando o progresso do diálogo judaico-cristão e a formação interior da consciência cristã. O documento ocupa-se ainda da apresentação dos judeus no Novo Testamento, na qual são examinados os textos "anti-judaicos". Nas palavras do então cardeal Joseph Ratzinger, que assina o prefácio da obra, do esforço dos membros da Comissão em suas discussões, elaborou-se este documento que oferece um importante auxílio para uma questão central da fé cristã e para a tão importante busca de uma renovada compreensão entre cristãos e judeus.


A Interpretação da Bíblia na Igreja (Católica)

A Interpretação da Bíblia na Igreja (Católica)

A interpretação dos textos bíblicos continua a suscitar em nossos dias um vivo interesse e provoca importantes discussões. Elas adquiriram dimensões novas nestes últimos anos. Dado à importância fundamental da Bíblia para a fé cristã, para a vida da Igreja e para as relações dos cristãos com os fiéis das outras religiões, a Pontifícia Comissão Bíblica foi solicitada a se pronunciar a esse respeito.

http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/pcb_documents/rc_con_cfaith_doc_19930415_interpretazione_po.html


segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

O Reino de Judá

Sugestão de Link:

GARIJO, José Alberto. El reino de Judá.
Disponível em:
<
http://www.auladebiblia.com/hi/tema6.html>.


Sugestão de Leituras:

KRAMER, Pedro. Origem e legislação do Deuteronômio. Programa de uma sociedade sem empobrecidos e excluídos. São Paulo: Paulinas, 2006.

Revista Estudos Bíblicos 88. Obra Histórica Deuteronomista. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Biblical Studies Resources

Biblical Studies Resources

De autoria de Jim West

Academic Credentials
Doctorate of Theology, Andersonville Baptist Theological Seminary, 1994
Master of Theology, Southeastern Baptist Theological Seminary, 1991
Master of Divinity, Southeastern Baptist Theological Seminary, 1988
Bachelor of Arts, Carson-Newman College, 1985

Link: http://drjewest.googlepages.com/

Hebrew Bible Resources
New Testament Resources

Online Bibles
Books, Publishers, Schools, Societies, Etc.
Archaeological Resources

Textual Criticism
Online Journals

Discussion Lists

Weblog

sábado, 12 de janeiro de 2008

Metodologia de exegese bíblica

Metodologia de exegese bíblica

Autor: Cássio Murilo Dias da Silva
Editora: Paulinas

Metodologia de exegese bíblica é um manual destinado ao público acadêmico da área de estudos bíblicos; busca clarear e facilitar o trabalho de exegese, por meio de uma ampla gama de abordagens hermenêuticas.Este livro faz parte da coleção Bíblia e História, um eficiente instrumento de ajuda para o estudo bíblico.

Seu objetivo é o alcance de um maior conhecimento dos contextos cultural, político e socioeconômico dos textos bíblicos, dos autores e leitores originais. Com esta coleção, a editora Paulinas dirige-se a professores e estudantes envolvidos no estudo da Bíblia. A coleção Bíblia e História interessará também àqueles que desejam conhecer melhor história e literatura antigas ou estão em busca de uma fé mais bíblica.