Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.
CEBI (16/07/2009): Manuscrito bíblico recebe milhões de visitas na internet: Em uma semana, desde que foi inserido na rede mundial de computadores, no dia 6 de julho, o manuscrito de parte da Bíblia conhecido como Codex Sinaiticus, com cerca de 1.600 anos, recebeu mais de 100 milhões de visitas, informou a Biblioteca da Universidade de Leipzig, na Alemanha. >>> Leia mais, clique aqui.
Zenit (07/07/2009): “Codex Sinaiticus” pode ser admirado na internet: O “Codex Sinaiticus”, um dos textos mais antigos conservados da Bíblia, já pode ser admirado e lido na internet, no endereço http://www.codexsinaiticus.org. O Codex é uma Bíblia manuscrita, confeccionada entre os anos 330 e 350. Junto com o “Codex Vaticanus”, que é algo anterior ao “Codex Sinaiticus”, é um dos manuscritos de maior valor para a crítica textual do Novo Testamento em sua versão grega, como a versão grega dos Setenta (ou Septuaginta) do Antigo Testamento.
Bíblia mais antiga do mundo ganha versão gratuita online
Conhecidas como um dos maiores tesouros escritos da Humanidade, as 800 páginas sobreviventes da mais antiga Bíblia acabam de ser reunidas digitalmente.
O precioso documento chamado Codex Sinaiticus é guardado em partes há 150 anos em quatro lugares diferentes do mundo. Desde ontem, no entanto, está disponível pela primeira vez em conjunto a quem entrar no site www.codexsinaiticus.org.
— (O livro) oferece uma janela ao início do cristianismo e indícios de primeira mão sobre como o texto bíblico foi transmitido de geração para geração — afirmou Scot McKendrick, chefe do Departamento de Manuscritos Ocidentais da Biblioteca Britânica.
O Codex Sinaiticus é composto de grandes pergaminhos manuscritos em grego por quatro escribas, cada um deles com 40 centímetros de comprimento por 35 de largura. Com 1.600 anos, trata-se do mais antigo livro contendo o Novo Testamento completo, boa parte do Antigo Testamento e dos textos apócrifos, além dois antigos textos cristãos não encontrados nas Bíblias modernas.
Originalmente, os manuscritos somariam 1.460 páginas.
O livro foi reunido digitalmente como parte de um projeto envolvendo Reino Unido, Alemanha, Rússia e Egito — países que possuem os pergaminhos do livro. Como parte do projeto, também foram publicados novos estudos sobre a história do Codex e transcritas as 650 mil palavras do texto original ao longo de quatro anos. O site apresenta a tradução dos textos em grego moderno e partes em inglês.
Além de ser um texto chave do cristianismo, o Codex também é “um marco na história dos livros, já que se trata da mais antiga brochura de grandes dimensões a ter sobrevivido”, segundo McKendrick. O Codex Sinaiticus (em tradução livre “o livro do Sinai”) foi descoberto no Monastério de Santa Catarina, no Monte Sinai, em meados do século XIX.
Não se sabe bem por que, mas, na época, boa parte do livro foi parar na Rússia. Em 1933 a Biblioteca Britânica comprou 347 páginas do volume de autoridades soviéticas.
Apenas seis fragmentos permaneceram na Rússia e estão hoje na Biblioteca Nacional, em São Petersburgo.
Outras 43 páginas estão na Biblioteca da Universidade de Leipzig, na Alemanha. Há ainda fragmentos no Egito. Em 1975, monges encontraram mais 12 páginas e 40 fragmentos num quarto escondido do monastério do Monte Sinai.
Saiba mais sobre o Codex Sinaiticus
Por que esse livro é tãoimportante? É a mais antiga Bíblia do mundo e a mais completa. O livro do século IV é considerado um dos mais importantes do mundo. E até ontem, pouquíssimas pessoas o tinham visto reunido.
Qual é a origem do Codex Sinaiticus? Ninguém sabe ao certo, mas o livro foi escrito em grego há mais de 1.600 anos, na época do imperador romano Constantino, o Grande. Quatro escribas foram responsáveis pelo manuscrito, feito em pele de jumento e antílope.
Foi encontrado no século XIX, no Monastério de Santa Catarina, no Monte Sinai, que guardava a maior biblioteca religiosa fora do Vaticano.
Por que o livro é considerado um dos maiores — se não, o maior — tesouros escritos? Ele representa um ponto chave da história dos livros, em que os textos deixaram de ser apresentados em rolos para serem feitos em brochuras.
Para os especialistas em religião, o livro é a mais antiga evidência de como os diferentes textos da Bíblia foram originalmente organizados. E como foram passados de geração em geração.
Em que o texto se diferencia do da Bíblia moderna? Há algumas poucas, mas interessantes diferenças no Novo Testamento. O livro inclui dois textos que, ao longo do tempo, foram deixados de lado pela Bíblia católica e a protestante: “O pastor de Hermas”, um trabalho bastante alegórico, cheio de visões e parábolas; e “A epístola de Barnabas”, que apresenta uma linguagem bastante pesada para descrever os judeus como assassinos de Cristo.
A história do apedrejamento da mulher adúltera e a famosa frase de Cristo “quem nunca teve pecado, que atire a primeira pedra” não aparecem no texto antigo. Também não está lá a outra famosa frase “Pai, perdoe, porque eles não sabem o que fazem”, proferida por Cristo na cruz sobre os seus executores.
JB (07/07/2009): Bíblia mais antiga na internet - Pág. 24: Exemplar do livro sagrado, de 1.600 anos, foi redigido em grego. Cerca de 800 páginas do exemplar mais antigo da Bíblia foram restauradas e estão disponíveis para consulta na internet. O Codex Sinaiticus foi manuscrito por quatro escribas gregos em couro animal, um material conhecido como velino, na metade do século 4, no período em que o imperador romano Constantino, o Grande, adotou o cristianismo como religião oficial de Roma. >>> Leia mais, clique aqui.
Deutsche Welle, em 22/07/2008 -Projeto da Universidade de Leipzig colocará na internet todas as 390 páginas conhecidas do Codex Sinaiticus. Projeto faz parte de uma parceria entre as instituições que abrigam o pergaminho.
A partir desta quinta-feira (24/07) o mais antigo manuscrito da Bíblia contará com uma versão para leitura on-line, informou esta semana a biblioteca da Universidade de Leipzig. O pergaminho, conhecido como Codex Sinaiticus, estará disponível no site www.codex-sinaiticus.net.
A princípio serão disponibilizados na internet apenas os trechos pertencentes à biblioteca da instituição e também algumas folhas que formam o Velho Testamento e que fazem parte do acervo da Biblioteca Britânica, situada em Londres. Até 2009 é previsto que todas as 390 páginas do documento – o Novo Testamento completo e metade do Velho Testamento – estejam dispostas na internet.
Um texto impresso e uma edição fac-símile também estão nos planos do projeto que envolve as quatro instituições que abrigam partes da Bíblia: a Universidade de Leipzig, a Biblioteca Britânica, a Biblioteca Nacional da Rússia, em São Petersburgo, e o Mosteiro de Santa Catarina, no Monte Sinai, Egito, local onde o documento foi encontrado.
O Codex Sinaiticus é datado da metade do século 4º e foi descoberto em 1844 pelo teólogo alemão Konstantin von Tischendorf num cesto de lixo do próprio mosteiro, pronto para ser queimado com outros papéis classificados como sem importância.
Tischendorf recebeu permissão dos monges para levar apenas 43 das 129 páginas a Leipzig. Mas, em 1859, com o patrocínio do imperador russo Alexandre 2º, retornou ao mosteiro em busca de outros fragmentos do pergaminho e convenceu os monges a presentear o imperador com as partes então encontradas.
Em 1933, 347 folhas foram vendidas pela então União Soviética ao Museu Britânico. E 42 anos depois, em 1975, durante um trabalho de restauração, monges acharam mais 38 fragmentos, ainda em posse do mosteiro. Cerca de 300 folhas contendo partes do Velho Testamento nunca foram encontradas.
Disposto em quatro colunas, o pergaminho foi escrito em grego antigo e é considerado um dos maiores da Antigüidade, com dimensões de 33,5 cm de largura por 37,5 cm de altura.
De acordo com o projeto, a versão digital do Codex Sinaiticus irá além da simples apresentação textual de seu conteúdo, escrito à mão, em letras maiúsculas, sem espaços entre as palavras ou ilustrações. O público terá a possibilidade de folhear as páginas de forma interativa, podendo, além de aumentar o tamanho das letras, conferir a versão em seu idioma original ou ler a tradução de trechos selecionados para o inglês e o alemão.