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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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domingo, 2 de janeiro de 2011

Cidade de Jerusalém



Ilustração: Três partes – número perfeito para esta representação da terra. O Oriente ocupa a parte superior, com Jerusalém no seu centro, pois é de lá que vem a luz: uma concepção mais mística do que científica.


Extraído de: FERREIRA, Cláudia Andréa Prata. O pacto da memória: interpretação e identidade nas fontes bíblica e talmúdica. Tese de Doutorado em Ciência da Literatura (Poética). Rio de Janeiro: UFRJ/Faculdade de Letras, 2002. p.132-133: Na tradição judaica existiam duas distintas Jerusalém. Uma era a Jerusalém lemata (debaixo), outra a Jerusalém lemala (acima, para cima). Temos então uma Jerusalém terrestre (Ierushalaim lemata) e outra celeste (Ierushalaim lemala). A cidade celeste era uma imagem invertida da cidade terrestre. A construção absoluta e definitiva dessa cidade se daria quando a Jerusalém terrestre se fundisse com a Jerusalém celeste. Quando de fato, a Jerusalém terrestre puder ser refletora do modelo de santidade desejada por Deus e alcançar o nível de santidade desejado poderia ocorrer essa união. Dessa forma, ocorreria o que a tradição cabalística chega a dizer sobre a existência de dois mundos. Um deles é oculto e o outro revelado. Contudo, na realidade, estes dois mundos formam um só.


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