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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Daniel no antro das ninfas: um estudo sobre o desafio de Porfírio ao status profético das revelações daniélicas e sobre a réplica de Jerônimo

Daniel no antro das ninfas: um estudo sobre o desafio de Porfírio ao status profético das revelações daniélicas e sobre a réplica de Jerônimo

Lilian Chaves Maluf

Dissertação de mestrado em História (UnB)

Orientador: Prof. Dr. Gabriele Cornelli

Data da defesa: 26/03/2009

Resumo: Esta dissertação dedica-se às relações entre o livro de Daniel (Dn), composto até a década de 160 a.C., e duas interpretações conflitantes que, sobre ele, foram feitas posteriormente: uma, presumivelmente em meados do século III, pelo filósofo Porfírio de Tiro (233-305/310 d.C.) e outra por Jerônimo da Dalmácia (347-420 d.C.), em 407 d.C.. Os diálogos entre Dn, Jerônimo e Porfírio apresentam densas controvérsias em razão, sobretudo, da importância de Dn para advento e organização ideológica do cristianismo. Com a apropriação cristã do texto, originalmente composto em círculos judaicos, a religião nascente encontrou fundamento para justificar princípios-chave de sua orientação espiritual. Porfírio notou a importância de Dn para o embasamento da religião cristã e usou-o como pano de fundo de um conflito muito além do contexto do livro, em seu tratado (posteriormente) intitulado Contra os Cristãos, o primeiro texto a apontar a natureza pseudepígrafa de Dn e o caráter lendário do herói bíblico. Jerônimo, em réplica a Porfírio, contesta os argumentos de seu adversário em seu Comentário a Daniel, em defesa do cristianismo. O que este estudo investiga é: o que pretendeu Porfírio, não sendo antipático aos judeus, nem duvidando do caráter revelado das profecias judaicas em geral ou tampouco detestando os volteios e as abstrações permitidas a uma leitura alegórica de um documento, ao aplicar em sua exegese de Dn uma metodologia que contrasta com a utilizada em seus mais tradicionais comentários a textos antigos?

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