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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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quinta-feira, 3 de junho de 2010

Resistência e conquista da terra a partir de Dt 26,5-11

Resistência e conquista da terra a partir de Dt 26,5-11

VALDIVINO SOUZA RIBEIRO

Dissertação de mestrado em Ciências da Religião (UCG)

Data da defesa: 10/12/2002.

Resumo: No processo histórico do Brasil, percebe-se de maneira muito clara como a religiosidade permeia a história da humanidade. A religião marca, principalmente, as lutas por resistência e conquista da terra e melhores condições de vida. Os nativos mostram que a relação com a terra é profunda e lógica, como a relação com o Criador. Os negros africanos buscam a harmonia da divindade e o retorno à liberdade, segundo as origens. O movimento de Canudos é a busca da fidelidade à lei de Deus e não à do cão. Na luta pela terra e distribuição da terra e da renda, a CPT e o MST se empenham em fazer valer a mística. A motivação religiosa está sempre presente nos movimentos de resistência e conquista da terra. O texto de Dt 26,5-11 na Bíblia, faz parte de um conjunto: a festa das primícias, e sinaliza que, mesmo em um processo concentrador, existe reação à centralização políticoreligiosa promovida por Ezequias e, sobretudo, por Josias. O texto mostra que o Estado não venceu totalmente, pois há referência a expressões resistentes que permanecem dentro de uma cerimônia da reforma político-religiosa. Nos tempos atuais, quando a terra e a renda continuam sendo concentradas, é oportuno ler Dt 26,5-11 e cantar o Baião das Comunidades. O canto convida todos/as à resistência e conquista da terra. A luta é ampla como também ampla deve ser a alegria.


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