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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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sábado, 9 de maio de 2009

Sansão homem-bomba provoca reação

Aurora (09/05/2009): Controvertida obra de Opera presentan una imagen negativa de Sansón: La ciudad belga de Amberes acoge la ópera "Sansón y Dalila", ambientada en el Oriente Medio actual y que describe los "mecanismos de opresión" que se dan en la región y en otros conflictos en todo el mundo. El controvertido montaje, que ha corrido a cargo del israelí Omri Nitzan y del palestino Amir Nizar Zuabi Sanson, presenta a un Sansón hebreo que, humillado por la palestina Dalila, comete un atentado suicida y "sangriento" contra los palestinos. Una imagen negativa de Sansón que se aleja de la tradición judía, la cual le presenta como un héroe que luchó por la liberación de su pueblo. >>> Leia mais, clique aqui.


Leia mais:

O Globo, Mundo, pág.26, em 08/05/2009.


Sansão homem-bomba provoca reação


Produção teatral belga faz de Dalila uma judia que trai o herói defensor de palestinos


Michael Kimmelman - Do New York Times


ANTUÉRPIA, Bélgica.
De onde eu estava sentado não dava para saber se o empresário judeu iria partir para cima do chefe da Ópera de Flandres, Aviel Cahn, um judeu suíço. O bate-boca começou depois de uma mesa redonda no teatro sobre política e arte.


“Sansão e Dalila”, dirigido pelo israelense Omri Nitzan e pelo palestino Amir Nizar Zuabi, estrearia na noite seguinte.


Um grupo de judeus de Antuérpia, parte da plateia da mesa redonda, sentiu-se insultado com a produção. Eles acharam que houve uma insinuação nos cartazes publicitários espalhados pela cidade mostrando um palestino arremessando uma pedra.


“Sansão e Dalila”, de Saint-Saëns, é um inofensivo melodrama de segunda classe com alguns bons números. Conta a história bíblica de hebreus na ocupação de filisteus em Gaza. Graças a Sansão, os hebreus se sublevam, apenas para serem escravizados de novo, após Dalila, sua amante filisteia, traí-lo (entregando aos filisteus o segredo de seu poder: os cabelos).


Encontrar parábolas para o Oriente Médio atual não requer grande imaginação.


Nitzan e Zuabi, porém, transformam os hebreus em palestinos, os filisteus em israelenses, e Sansão num homem-bomba que veste sua túnica explosiva no final. Isso ocorre depois que os judeus dançam sobre palestinos. Jovens soldados israelenses humilham palestinos com os olhos vendados, e atiram numa criança palestina. Então, num pavoroso bacanal no último ato, soldados israelenses dançam de forma orgiástica com seus fuzis fálicos.


A cena foi demais até para a polida plateia belga da noite de abertura, que vaiou.


Mas assumir posições políticas é normal. A raiva é uma resposta perfeitamente sã à ocupação israelense. E toda arte é política.


Mas a política não deve ser tudo e acabar com a arte. A relação entre os dois era o tópico da mesa redonda.

Zuabi argumentou que arte política eficaz exige uma grande convicção, Nitzan disse que mitos e histórias bíblicas fornecem uma lente útil através da qual se pode ver os problemas de hoje mais claramente.


Quem pode negar estas ideias?

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