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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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sábado, 10 de maio de 2008

Terra de Israel – Províncias Administrativas (Ocupação Romana)

Nos tempos de Jesus, durante a ocupação romana, a Terra de Israel estava dividida em províncias. As três províncias de maior interesse para o nosso estudo são: Judéia, no Sul, Samaria, no Centro e Galiléia, no Norte.

1 – Judéia – A província mais importante. Na Judéia estava Jerusalém, centro religioso, político e cultural do país. Era a região mais culta e mais observante da religião.

2 – Samaria – Ao Norte da Judéia. Os seus habitantes eram considerados como estrangeiros pelos judeus, pois eram de povos oriundos de uma política de ocupação e que viviam a religião de modo diferente.

3 – Galiléia – Ao Norte da Samaria. Era a região mais bonita, rica e também a mais povoada. Os galileus eram considerados trabalhadores, empreendedores e patriotas/nacionalistas. Eram os que menos suportavam a dominação romana e estavam sempre dispostos a se rebelar. Os galileus não eram bem vistos pelos habitantes da Judéia porque tinham a fama de serem pouco observantes sobre a prática religiosa. A vivência religiosa dos galileus privilegiava mais o essencial sem se deter aos pequenos detalhes.

Referências Bibliográficas

HORSLEY, Richard A. Arqueologia, História e Sociedade na Galiléia. O contexto social de Jesus e dos rabis. Trad. Euclides Luiz Calloni. São Paulo: Paulus, 2000. (Bíblia e Sociologia).
Os estudos sobre Jesus, os estudos rabínicos e a arqueologia podem hoje estimular-se mutuamente enquanto buscam uma compreensão mais plena da Galiléia como contexto histórico-social tanto de Jesus como dos rabis. Este livro vale-se dos desenvolvimento nos três campos inter-relacionados, esclarecendo algumas implicações para diversos aspectos importantes da vida ma Galiléia. Não analisa diretamente as tradições do Evangelho de Jesus e do seu movimento e os textos rabínicos, mas o contexto mais amplo em que eles emergiram e ao qual reagiram. A partir de significativas descobertas, possibilita aos leitores uma revisão das generalizações e pressuposições que anteriormente eram consideradas como padrão.

JEREMIAS, Joachim. Jerusalém no Tempo de Jesus: pesquisas de história econômico-social no período neotestamentário. 3.ed. Trad. M.Cecília de M. Duprat. São Paulo: Paulus, 1983. (Nova Coleção Bíblica).
A obra oferece uma visão panorâmica da condição sociopolítico-econômica de Jerusalém no século I d.C. O autor divide o problema em duas partes: na primeira, examina a situação econômica da cidade de Jerusalém sob a dominação romana até a sua destruição (6 a 70 d.C.). Na segunda parte analisa a situação social da cidade: as classes sociais (ricos, classe média, pobres), os fatores determinantes para o desenvolvimento das condições econômicas dos habitantes de Jerusalém, a relação dos partidos religiosos com essas classes sociais, a situação dos escravos e da mulher.

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