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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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domingo, 4 de maio de 2008

Natal em alta em Israel (Daniela Kresh)

Os traços visíveis de um ano novo em Israel

Natal em alta em Israel (Daniela Kresh)

Natal é um evento interessante em Israel, principalmente para quem passou a vida acostumado ao clima natalino do Brasil, o maior país católico do mundo. Em Israel, obviamente, não há comerciais de TV ou anúncios de jornal vendendo produtos natalinos ou presentes para parentes e amigos. Nada de ouvir musiquinhas natalinas ou de entrar em shopping centers coalhados de decoração vermelha e branca. A figura de Papai Noel, e as árvores de Natal, tão comuns no Brasil e em muitos outros países, quase não existem no cotidiano urbano israelense.

Digo "quase" porque cada vez mais, a cada ano, há crescentes sinais dos símbolos natalinos em Israel. Os motivos são variados. Um deles é o fato de que há em Israel, hoje, mais de 200 mil trabalhadores estrangeiros (metade ilegais) de países como Filipinas, Tailândia, Romênia e China. Muitos deles são cristãos. Fora isso, boa parte dos mais de 1,2 milhão de russos que imigraram para Israel, desde o começo da década de 90, é formada por não-judeus que forjaram documentos para poder fugir da ex-União Soviética. Isso sem contar com os 120 mil cristãos árabes, com cidadania israelense (que compõem quase 9% da minoria árabe-israelense).

Resultado: mesmo no Estado Judeu, a festa do Natal não passa totalmente despercebida. Cada vez mais é possível comprar pequenas árvores de Natal, luzes e decorações natalinas e chocolates em forma de Papai Noel, principalmente no Sul de Tel Aviv, onde moram muitos trabalhadores estrangeiros.

A influência cristã também pode ser sentida no aumento das festas de Ano Novo em Israel, principalmente em Tel Aviv. Cada vez mais comemora-se a passagem do ano gregoriano em 31 de dezembro, com contagens regressivas e champanhe. São festas caseiras ou em bares e restaurantes moderninhos. Obviamente, não há nenhuma festa oficial, com fogos de artifício ou shows de música. Mas os israelenses, cada vez mais, se rendem aos hábitos do Ocidente, de europeus e americanos, na tentativa, talvez, de fugir um pouco da realidade do Oriente Médio.

Extraído de:
Notícias da Rua Judaica, em 23/12/2007.

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