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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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terça-feira, 5 de janeiro de 2010

O método histórico-crítico e seu horizonte hermenêutico

Estudos de Religião, Vol. 22, No 35 (2008)

O método histórico-crítico e seu horizonte hermenêutico

José Adriano Filho

Resumo: A ênfase na gramática do texto, no aspecto histórico e no contexto de surgimento, próprios do Renascimento, humanismo e Reforma Protestante, antecipa um tipo de exegese que dominará a interpretação bíblica até o século XX. Essa pesquisa, chamada histórico-crítica, aplica à Bíblia a estratégia de suspeita e dúvida própria da prática científica do Iluminismo. Os pesquisadores reconheceram a distância temporal que separa a Escritura do intérprete. De acordo com F. D. Schleiermacher, o conceito de "compreensão" tem outra função: uma obra de arte perde sua significação se for removida de seu primeiro contexto. Esse contexto deve ser mantido para que se compreenda seu verdadeiro significado. Dilthey critica a pretensão dessa hermenêutica, opondo à explicação a compreensão. Esse processo passará por E. Husserl e M. Heidegger e culminará no pensamento de H. G. Gadamer, que considera a interpretação "diálogo entre o passado e o presente". A distância temporal entre intérprete e texto não precisa ser preenchida, nem para explicar nem para compreender. Este processo, com o nome de fusão de horizontes, torna-se aspecto importante da interpretação.

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