Carta Capital (02/10/2009): A Bíblia desperta: O deus dos quadrinhos encontra o deus do paraíso no Gênesis. Nesta novela gráfica de 216 páginas, prometida ao Brasil no final de outubro pela editora Conrad, o autor Robert Crumb prossegue espicaçando o establishment cultural, desinteressado de ocupar a cadeira dos tranquilos. No panteão deste Crumb de 66 anos, fervem em histórias os hebreus, os nascidos de Jacó e Esaú, o morticínio do qual sobreviveu o plantador de videiras Noé, toda a aventura egípcia, incestos e fornicações, como as viu e perpetrou o primeiro livro dos cristãos. Na terça-feira 29, em entrevista por telefone à CartaCapital a partir da França, país onde vive há 16 anos por insistência da mulher, Aline Kominsky, e ainda trazendo na fala a forte musicalidade americana, Crumb disse esperar pelo pior. Dos judeus ortodoxos, ele aguarda a repulsa por ter reproduzido a imagem de Deus. Dos cristãos fundamentalistas, ele crê que possam vir as trevas, nascidas de sua obediência ao verbo às vezes modificado das escrituras. Problema deles, diz Crumb.
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