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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

As Filha de Rashi: Amor e Judaísmo na França Medieval

As Filha de Rashi: Amor e Judaísmo na França Medieval. Livro I: Joheved.

Maggie Anton.

Tradução: Heliete Vaitsman.

Editora: Rocco (2008).

Sinopse: Com base em estudos do Talmud e uma vasta pesquisa sobre a vida de Salomão Ben Isaac, ou Rashi – um dos maiores estudiosos judeus de todos os tempos –, e de suas filhas, Maggie Anton traz ao público a história do amor ao saber e a superação das adversidades dessas mulheres pioneiras. Tradicionalmente proibidas de estudar os textos sagrados, As filhas de Rashi são tidas como verdadeiros exemplos de erudição. Primeiro volume de uma trilogia, o livro narra a trajetória da primogênita, Joheved.


Comentário (Cláudia A. Prata Ferreira julho de 2003-janeiro de 2009): Europa: Século XI - Rashi (1040-1105): O comentário de Rashi é famoso por sua concisão, simplicidade e clareza.


A característica marcante de seu comentário bíblico é a explicação do texto no seu sentido literal (Peshat), enriquecida com a citação de diversas fontes de origem rabínica. Contudo, fiel à tradição ashkenazi e a tradição gaônica, desenvolveu também o sentido midráshico, com a preocupação de dar vida às comunidades judaicas na Diáspora. Para Rashi, o sentido literal do texto bíblico e as Agadot (textos alegóricos) são o que melhor se prestam para explicar as passagens bíblicas.


Os trabalhos de Rashi sobre o Talmud continuaram através de um grupo de eruditos denominados de Tossafistas, muitos dos quais eram netos ou bisnetos de Rashi.


Rashi usou também seu conhecimento lingüístico do hebraico para embasar alguns de seus comentários, alem de empregar freqüentemente o francês arcaico de uso corrente em sua época.


Rashi usava um tipo de letra própria, conhecido como Escrita de Rashi, uma forma semicursiva da escrita hebraica. Também denominada Mashket é conhecida como “caracteres rabínicos”. Até hoje os comentários de Rashi são impressos com essas letras ao lado dos caracteres quadráticos para distinguir o corpo do texto (bíblico) de comentário (de Rashi) no texto.


O texto talmúdico não leva qualquer tipo de pontuação, tais como pontos e vírgulas, omite as vogais e a rapidez com que foram feitas as anotações ocasiona evidentes saltos de palavras e abreviações. Procurando facilitar o seu estudo foram escritos numerosos comentários ao Talmud, dos quais o mais conhecido é o de Rashi (Rabi Shlomo Itzhaki, 1040-1105).


Ao lado dos comentários de Rashi, as edições do Talmud registram vários outros, que freqüentemente se opõem a Rashi ou abordam aspectos que ele deixou de lado.



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