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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Bíblia, principal instrumento do diálogo ecumênico

Intervenção do cardeal Walter Kasper


CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 22 de outubro de 2008 (ZENIT.org).- A Bíblia é o principal instrumento do diálogo ecumênico, explicou o cardeal Walter Kasper em uma intervenção que entregou por escrito ao Sínodo dos Bispos sobre a Palavra de Deus.


O presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, no resumo do texto, distribuído nesta quarta-feira pela secretaria geral da assembléia, apresenta também a meditação da Palavra de Deus, a «Lectio Divina» método ecumênico privilegiado.


«Apesar de todas as tristes divisões na história da Igreja, a Palavra de Deus, da qual se dá testemunho sobretudo na Sagrada Escritura, continua sendo uma herança comum», começa reconhecendo o purpurado alemão.


«Não há nada que una mais as igrejas e comunidades cristãs como a Bíblia», explica no texto.


«Ela é realmente o vínculo ecumênico por excelência – sublinha. Por esta razão, a Bíblia é a base do diálogo ecumênico e o principal instrumento do diálogo ecumênico, tanto em seu aspecto doutrinal como no espiritual e pastoral.»


«A Lectio Divina comum é, portanto, o método ecumênico privilegiado».


O cardeal constata que, nas últimas décadas, este diálogo deu muitos frutos positivos.


«Como cristãos, não podemos ver só os abusos. Antes temos de estar agradecidos por tudo o que o Espírito de Deus realizou para uma reconciliação dos cristãos, que não é pouco», indica.


«Estamos agradecidos por isso e fomentamos a obra ecumênica, que segundo o Concílio Vaticano II, é um impulso do Espírito e – como esperamos – o estaleiro da Igreja do futuro», concluiu.


Também se publicou nesta quarta-feira a síntese do texto escrito entregue pelo arcebispo Rade Sladojevic Fotije, de Dalmácia (Croácia), representante da Igreja Ortodoxa da Sérvia no Sínodo, que pede não limitar-se uma leitura acadêmica da Escritura. «O que é absolutamente indispensável para o mundo de hoje é a existência de autênticas testemunhas (mártires) da Sagrada Escritura, cujas vidas dêem testemunho da realidade da Sagrada Escritura.»


Citando um dos autores preferidos de Bento XVI, Santo Agostinho, afirma: «Mediante a oração falamos com Deus, mas na Sagrada Escritura Deus fala conosco».


O caráter ecumênico da Bíblia foi sublinhado por numerosos padres sinodais, assim como pelos 11 delegados fraternos que participaram da assembléia, inclusive Bartolomeu I, patriarca ecumênico de Constantinopla.


No contexto do Sínodo, as Sociedades Bíblicas Unidas (United Bible Societies - UBS), representadas pelo reverendo Archibald Miller Milloy, da qual fazem parte sobretudo comunidades surgidas da Reforma, e a Federação Bíblica Católica, assinaram um acordo de colaboração que terá um extraordinário impacto para as traduções da Bíblia e sua distribuição em geral.


O Sínodo, que neste momento está analisando as proposições que apresentará ao Papa, será encerrado por Bento XVI neste domingo.


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