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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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quarta-feira, 16 de julho de 2008

Os olhos de Leia: polêmicas entre o sagrado e o profano na tradução da Bíblia

Os olhos de Leia: polêmicas entre o sagrado e o profano na tradução da Bíblia
Lucineia Marcelino Villela
Dissertação de Mestrado em Lingüística Aplicada (UNICAMP)
Orientador:
Prof. Dr. Paulo Roberto Ottori
Data da defesa: 16/02/1997.
Resumo: O objetivo principal deste estudo é refletir sobre a tradução da Bíblia no que se refere às teoria de tradução e às suas conseqüências para o texto bíblico. Começamos esta reflexão com a análise da tradução de Gênesis 29.17, que evidencia um verdadeiro jogo de disputas na tradução de Os olhos de Léia. As traduções diferentes e opostas da palavra hebraica rak nos mostrarão a impossibilidade de considerar uma tradução como correta ou sagrada excluindo outras traduções possíveis como erradas ou profanas. Eugene Nida aparece como o teórico de maior importância no campo da Tradução Bíblica e consideraremos alguns de seus trabalhos nos quais se encontram postulados e regras que tentam determinar e controlar a produção de sentidos na tarefa tradutória. Analisaremos também dois outros casos de discussões e críticas sobre traduções da Bíblia, com o objetivo de corroborar nossa hipótese de que o processo de tradução pode levantar a questão das dicotomias e oposição de significados a partir de uma mesma palavra ou termo na língua ou texto "original". A relevância desta dissertação está em considerar a diferença e a oposição na tradução da Bíblia como um assunto complexo e tratar dicotomias como Sagrado e Profano como possíveis e inevitáveis, dentro de um mesmo contexto como pudemos analisar nos Olhos de Leia.

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