O exílio na Babilônia: um novo olhar sobre antigas tradições
Autor: Alessandra Cristina Monteiro de Castro Tribo
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH)/USP
Área de concentração: Língua Hebraica, Literatura e Cultura Judaicas
Dissertação de Mestrado
Defesa: 11/10/2007.
Resumo original: A partir da narrativa bíblica, é possível analisar a vida e a atividade profética de Jeremias. Este homem foi um dos responsáveis pela estruturação da religião judaica na diáspora, uma vez que através da sua mensagem aos exilados, uma nova relação com a divindade pôde ser estabelecida. Suas idéias inovaram as condições de relacionamento entre divindade e povo, uma vez que a estrutura anteriormente existente tinha como base uma relação de suserania e vassalagem. Este modelo era encontrado nos tratados realizados entre os governantes dos grandes reinos do Oriente Médio, durante o período da antigüidade. Assim, para se entender as mudanças propostas por Jeremias e suas inovações, foi necessário realizar a caracterização dos modelos de aliança, acima mencionados. A partir disto, estudou-se alianças realizadas anteriormente entre a divindade e o povo de Israel. As palavras de Jeremias serviram para que uma nova forma de relacionamento com a divindade fosse estabelecida pela população judaíta deportada para a Babilônia. Esta nova base permitiu a preservação de uma tradição, cuja origem é muito anterior ao século VI a.C., que hoje denomina-se Judaísmo.
Palavras-chave: Aliança sinaítica - Bênçãos e maldições – Deuteronômio - Exílio da Babilônia – Jeremias - Tratados de suserania e vassalagem.
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